quarta-feira, 17 de março de 2010

segunda-feira, 15 de março de 2010

sexta-feira, 12 de março de 2010

Produções da oficina de vídeo

Senhooooooras e senhoooooores!!! Respeitável público!!! É com muita alegria que disponibilizamos aqui as produções realizadas durante os seis encontros da oficina de vídeo no SESC Bertioga!!! Venham conhecer os vídeos criados pelos adolescentes da região!!! Deixem seus comentários!!! A trupe agradece!

Você sabia?





Histórias










Indo





Peixes





Conhecendo o Centro de Atividades Ambientais





Demonstração de Capoeira





Benvindo ao SESC





Suco de Baleia





Jornal do SESC





Propaganda






Morto Vaidoso





Conhecendo o SESC




Belezura de dia

Nosso sexto encontro em Bertioga teve início como de costume: às 5h58 a chamada no celular me fez acordar do cochilo e sair de casa pra encontrar um Fernando e um Jefferson já animados e conversando dentro do carro - ai a admiração por gente animada logo cedo... Mari Manfredi foi a última a chegar, tão sonâmbula quanto eu – ufa! A caravana do centro com Isis, César e Lúcia não ganha detalhes porque saiu direto de lá, pra nos encontrar no SESC mesmo, mas aposto que foi uma viagem massa J

A peculiaridade desse dia foi a chuva que encontramos no início da Mogi-Bertioga, gostoso pra embalar o sono na estrada, mas difícil para os nossos planos: depois de seis encontros, a proposta agora era gravar um vídeo de extensos 3 minutos - frente aos costumeiros 60 segundos -, sobre a visão dos participantes em relação à cidade de Bertioga, o que significa, pela primeira vez, ter como cenário o espaço exterior ao SESC. A idéia é que os vídeos passem a ser gravados com um grau maior de intencionalidade. As produções de ficção realizadas até agora são ótimas, divertidas e necessárias, mas é chegado o momento de um salto, de usar o vídeo para, de fato, expressar as opiniões e sentimentos desse grupo.

Estávamos bem animados pra isso. Só a chuva poderia levar nossos planos por água abaixo (rá!): será que eles viriam? Será que funcionaria andar pela cidade na chuva? Será que o sorvete com frutas vermelhas do SESC tem o mesmo gosto num dia úmido? Eram muitas as dúvidas...

Mas, para nossa felicidade, tudo deu muito certo. Às 9h13, é verdade, chegaram os primeiros: Raphael, Mirelly, Nathália e Jonatas e, alguns minutos depois, Euclides e João Filho se uniram ao grupo. Assistimos às produções realizadas no sábado anterior: o Morto Vaidoso (ããããããã) e a Propaganda dos Peixes (:D) e, feitas as considerações, apresentamos a proposta do dia.

A idéia de fazer um vídeo informativo com o olhar dos participantes sobre a cidade não é gratuita. Dois dos participantes juntos de um de nós, do Cala-boca já morreu, foram convidados a participar de uma reunião no SESC para discutir políticas para juventude - nada mais sincrônico para suprir a necessidade que percebemos de dar um salto nas produções. Os seis toparam a proposta do dia. E mais, decidiram que não se dividiriam em pequenos grupos, a produção seria a doze mãos.

Fernando e César assumiram linda e tranquilamente a mediação do grupo, que iniciou os trabalhos com uma conversa bem boa de ouvir sobre o que a cidade disponibiliza pra eles, do que sentem falta, o que acham do cenário atual, cada um contribuindo à sua forma, Cé e Fê iam só cutucando, perguntando detalhes, a fim de fazer brotar mais informações, insumo pro vídeo to be. Foi bacana perceber o movimento desse grupo, tímido e silencioso, aos poucos se soltando, cada um contribuindo mais com a conversa até culminar num burburinho bom de vozes ansiosas por se fazerem ouvir e numas risadas gostosas imaginando as respostas esdrúxulas que poderiam aparecer nas entrevistas que planejavam.

Enfim fomos à campo. A chuva voltou na tentativa de desestabilizar a gravação, mas não foi párea pra animação do grupo. Um beco simpático escondido na avenida movimentada foi a solução. Foi por ali, no patamar de uma escadaria, com uma parede verde como cenário, que o Jonatas, nosso apresentador, descobriu o frio na barriga paralizante de ficar frente a frente com a câmera. Respirando fundo e concentrando no texto ser a dito conseguiu gravar a chamada.

Subimos então até o andar da Onda Sonora, ONG de Bertioga que trabalha com formação musical para adolescentes. Quem fez a articulação entre a equipe da ONG e a da oficina foi a Natália, que frequenta os dois espaços. A mesma Natália que no primeiro encontro suava frio nas mãos e perguntava "vergonha passa"? Ela ainda não encara a frente das câmeras, mas se mostrou uma grande produtora nos bastidores.

Enfim não foi a chuva, mas o relógio que nos pegou. Era muita euforia de primeira vez gravando externas e o grupo percebeu que o tempo foi mal calculado. Voltamos ao SESC para assistir à produção. Olhos atentos e comentários muito bacanas surgiram. Falaram da dificuldade de abordar as pessoas na rua para entrevista, como elas tem vergonha, como é difícil ter que fingir que a câmera não está ali, do medo de tremer a câmera na gravação, da estranheza de gravar entrevista no lugar de onde veio....

Encerramos o dia com uma conversa sobre autoria, percebendo como cada um se reconhece no produto final, mesmo quem não realizou um papel ativo na produção e entendendo a força que tem uma câmera na mão de um grupo com intenção. E nós que chegamos a pensar que a chuva abalaria os planos do encontro, não poderíamos estar mais enganados e felizes pelo processo que acompanhamos durante esse dia, o grupo, de fato, deu um salto bonito de ver e começou a entender pra quê trabalhar com vídeo.

Que venha o próximo sábado!